Museu Nacional reabrirá parcialmente em 2026 com acervo renovado e novo espaço expositivo
Após o incêndio de 2018, instituição mais antiga de ciência do Brasil se prepara para reabrir ao público com novas exposições, fósseis inéditos e estrutura ampliada. Obras completas estão previstas até 2028.

O Museu Nacional, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se prepara para uma reabertura histórica. Quase oito anos após o incêndio que destruiu grande parte de seu acervo, a instituição anuncia que o Bloco 1 do prédio será reaberto ao público no primeiro semestre de 2026. Os demais blocos estão previstos para 2028.
Localizado na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio, o museu está em reconstrução com obras de restauração da fachada, cobertura e espaços internos. A nova estrutura contará com mais de 6 mil metros quadrados de área expositiva, o dobro do que existia antes do incêndio.
Acervo reconstruído com doações
A perda de aproximadamente 85% do acervo original não impediu a reconstrução. O museu tem recebido doações significativas de peças históricas, científicas e arqueológicas. Entre os destaques está a coleção de 1.104 fósseis doados pelo colecionador Burkhard Pohl, com exemplares de dinossauros, insetos e plantas da Bacia do Araripe.
Outros acervos também já foram incorporados, incluindo peças africanas e cerâmicas pré-colombianas. As novas exposições serão organizadas em eixos como “História, Ciência e Sociedade”, “Universo e Vida”, “Ambientes do Brasil” e “Diversidade Cultural”.
Educação e visitação já começaram
Em 2024, o museu inaugurou a Estação Museu Nacional, um espaço educativo e de visitação voltado especialmente para escolas públicas. A estrutura temporária já recebe estudantes e oferece parte do acervo recuperado, além de oficinas e ações de mediação cultural.
Recursos e captação
O orçamento estimado para a reconstrução é de R$ 445 milhões. Cerca de 60% desse valor já foi captado, com recursos do governo federal, parceiros privados e instituições internacionais. O BNDES confirmou, em 2025, o aporte de R$ 50 milhões. Ainda há um déficit de aproximadamente R$ 95 milhões para a conclusão das obras até 2026.
A previsão é que o Bloco 1 seja reaberto ao público em junho de 2025, com a reabertura total prevista para 2028.
Comentários (0)