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RCFM / Major Otávio Mota e Carlos Vermelho debatem segurança viária e disputa por terras em Cabo Frio

Chefe de Operações do CPRv e pesquisador contextualizam fiscalização no trânsito e cadeia dominial histórica

RCFM / Major Otávio Mota e Carlos Vermelho debatem segurança viária e disputa por terras em Cabo Frio
RCFM / Major Otávio Mota e Carlos Vermelho debatem segurança viária e disputa por terras em Cabo Frio (Foto: Reprodução)

 O programa Renata Cristiane Online, da Rádio RCFM 88,7 e também em formato multiplataforma, recebeu nesta quinta-feira (11) o Major Otávio Mota, Chefe de Operações do Comando de Policiamento Rodoviário (CPRv), e o pesquisador Carlos Vermelho, que trouxeram ao debate temas centrais para Cabo Frio: a segurança viária e a polêmica envolvendo a cadeia dominial de terras históricas no município.


 Durante a entrevista, o Major Otávio Mota reforçou a necessidade de maior integração entre poder público e agentes de segurança, sobretudo diante do aumento de infrações cometidas por motociclistas e condutores de motos elétricas. Ele destacou que ainda há falta de normatização e fiscalização eficiente para esses veículos. A Resolução 996/23, explicou, permite apenas um passageiro em compartimento adequado, obriga a circulação em ciclovias, acostamento ou bordo da pista e sempre no sentido do fluxo. Embora não exija o uso de capacete, o major afirma que é “inconsequente” pilotar sem a proteção.


 Ao comentar manobras arriscadas como o “grau” e ofensas contra policiais, o major lamentou a imprudência e apresentou um dado alarmante: “Os acidentes de trânsito matam, anualmente, mais homens de 15 a 29 anos do que o homicídio”, lembrando que o Brasil ocupa a 3ª colocação mundial em mortes no trânsito.


 Ele também elogiou os investimentos realizados em segurança em Cabo Frio e destacou a importância da parceria entre prefeituras e forças policiais. Sobre o porte de armas para guardas municipais, declarou não ser “100% favorável”, pois “depende de muitos cursos e qualificações e acarreta consequências jurídicas”.  Para ele, “não é só colocar arma que vai trazer segurança”.


 O major participou ainda do quadro Like e Deslike, deixando um like para “todo o rodoviário” e um deslike para “quem é imprudente no trânsito”.


 Na mesma edição, o pesquisador Carlos Vermelho explicou a polêmica judicial e urbanística envolvendo terras históricas de Cabo Frio, hoje usadas como estacionamentos privados e áreas de interesse turístico. Ele detalhou que uma ação civil pública, movida pela entidade Cabo Frio Solidária, questiona licenças relacionadas à cadeia dominial das antigas salinas peruanas — assunto que já vinha sendo acompanhado pela Procuradoria.


 O levantamento histórico mostra que a área pertence ao Espólio de Henrique Lage, empresário que foi o homem mais rico do Brasil até os anos 1940 e proprietário de cerca de 20 milhões de metros quadrados na Região dos Lagos, incluindo o Peró, a Gamboa e parte do bairro da Passagem. Como o espólio segue em processo de partilha, ainda não há definição clara sobre a regularidade da documentação de compra e venda.


 No quadro Like e Deslike, Carlos Vermelho declarou: “O meu like vai para Vanderson Roupa. O deslike vai para os empresários que apostam na inércia da Justiça”.

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