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Convênio entre Prefeitura de Cabo Frio e Governo do Estado reforça atuação da Polícia Civil

Parceria garante pagamento de horas extras a policiais civis, amplia efetivo diário e fortalece investigações com criação de grupo especializado no local do crime

Convênio entre Prefeitura de Cabo Frio e Governo do Estado reforça atuação da Polícia Civil
Convênio entre Prefeitura de Cabo Frio e Governo do Estado reforça atuação da Polícia Civil (Foto: Reprodução)

 Um convênio firmado entre a Prefeitura de Cabo Frio e o Governo do Estado vai reforçar o trabalho da Polícia Civil no município com o pagamento de horas extras a agentes, por meio do Regime Adicional de Serviço (RAS). A medida permitirá a ampliação do efetivo diário na delegacia e a criação de um Grupo Especial de Local de Crime (GELC), que atuará diretamente na apuração de homicídios e outros delitos graves, especialmente nas primeiras horas após os casos.


 Com o RAS, serão abertas 240 vagas mensais para que policiais civis façam plantões extras, o que equivale a um acréscimo de oito agentes por dia na unidade. Segundo fontes da Polícia Civil, esse reforço vai dobrar o efetivo de atendimento ao público e agilizar as investigações.


 A iniciativa surge em complemento ao aumento de efetivo já realizado pelo Governo do Estado por meio de concurso público. No entanto, como explicam os envolvidos, o novo modelo de plantão remunerado permite uma atuação mais direcionada e motivada, especialmente em horários críticos, quando ocorrem os chamados atendimentos de “hora zero”.


“Não se trata de falta de efetivo, mas de uma estratégia que amplia a capacidade de resposta da delegacia. Com o RAS, os policiais continuam atuando em sua própria unidade, com mais estrutura e incentivo, o que se reflete em maior eficiência e engajamento nas investigações”, explica um interlocutor da Polícia Civil.


 O GELC, grupo que passa a ser formado com esse novo apoio, será responsável por ir diretamente ao local do crime para iniciar os trabalhos de apuração de forma imediata, em conjunto com a Polícia Militar. A expectativa é que essa integração contribua para a preservação de provas, oitiva de testemunhas e identificação de imagens de câmeras de segurança ainda no calor do momento.


 A medida também busca combater uma das estatísticas mais preocupantes da segurança pública no Brasil: segundo dados citados por agentes, menos de 10% dos homicídios no país são esclarecidos — e em alguns estados, como o Rio de Janeiro, a taxa chega a ser ainda menor.


 Apesar de os efeitos não serem visíveis de forma imediata nas ruas, a aposta é no fortalecimento do trabalho de bastidor, com foco em inteligência, investigação e resultados a médio e longo prazo.

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